(Para ver a versão chinesa, clique aqui 预测| 2026年快速消费品市场增速持续承压 )
Apoiando estas previsões, o desempenho de 2025 até à data mostra resiliência, mas também sinais de fraqueza. No acumulado do ano (YTD) até setembro de 2025, o total de FMCG cresceu 1,5%, mas os últimos dados trimestrais revelam um quadro mais moderado: O crescimento do valor do terceiro trimestre de 2025 abrandou acentuadamente para apenas 0,7% em comparação com o mesmo período de 2024. Essa desaceleração destaca a crescente cautela nos gastos do consumidor, que provavelmente pesará no desempenho em 2026.
O sector alimentar continua a ser o mais forte motor de crescimento. A projeção é de uma expansão de 3,0% em 2026, sustentada pela demanda do consumidor por conveniência, nutrição e premiumização. Os dados reais apoiam essa perspetiva, com crescimento de 3,4% no acumulado do ano em 2025 e 4,4% no terceiro trimestre - um sinal de confiança estável do consumidor em produtos básicos, mesmo com a desaceleração dos gastos gerais.
Em contrapartida, os lacticínios continuam a debater-se. Prevê-se que a categoria contraia 6,2% em 2026, ampliando o declínio já visível nos dados de 2025. O desempenho tem sido consistentemente negativo, com crescimento de -6,1% no acumulado do ano e -6,8% no terceiro trimestre, refletindo a intensificação da concorrência de alternativas baseadas em plantas, maior escrutínio do consumidor e sensibilidade ao preço.
O segmento das bebidas, excluindo o álcool, constitui outro exemplo de abrandamento da dinâmica. As previsões apontam para um crescimento de 3,9% em 2026, ainda positivo, mas inferior aos 4,8% registados no ano anterior. O crescimento de 4,9% no acumulado do ano de 2025 sugere uma forte procura subjacente, mas a queda para apenas 1,7% no terceiro trimestre indica um arrefecimento do consumo e aponta para perspectivas mais difíceis no futuro.
O álcool, entretanto, enfrenta ventos contrários mais acentuados. Prevê-se que a categoria registe um declínio de 0,6% em 2026. O desempenho real ilustra este ponto de viragem: o crescimento de 0,9% no acumulado do ano em 2025 foi ofuscado por uma contração de 4,2% no terceiro trimestre, reflectindo a cautela do consumidor em relação aos gastos discricionários e a evolução das preferências por bebidas não alcoólicas.
Os cuidados domésticos estão a mostrar estabilidade, com previsões de crescimento de 2,5% em 2026. O crescimento acumulado no ano atingiu 3,1%, embora o terceiro trimestre tenha abrandado para 1,7%, em linha com a desaceleração do mercado em geral. Os cuidados pessoais estão a recuperar apenas lentamente, com as previsões a apontarem para um declínio marginal de -0,1% em 2026. Enquanto o crescimento no acumulado do ano de 2025 se situou em 1,1%, a dinâmica estagnou no terceiro trimestre com um crescimento de 0%, destacando a contínua sensibilidade aos preços e a elevada concorrência no sector.
No entanto, ainda existem oportunidades de crescimento. A procura nas cidades de nível inferior está a fortalecer-se, apoiada pela penetração do comércio eletrónico e do retalho omnicanal. As categorias que enfatizam a saúde, a funcionalidade e a sustentabilidade - como os alimentos à base de plantas, os cuidados domésticos ecológicos e as bebidas funcionais - estão a ganhar força. As marcas que inovam, valorizam e se alinham com a evolução dos estilos de vida dos consumidores estarão melhor posicionadas para captar bolsas de crescimento num mercado que, de outra forma, seria cauteloso.
Em suma, o abrandamento no terceiro trimestre de 2025 constitui um sinal de alerta claro para 2026: o crescimento será mais difícil de conquistar, prevendo-se que o valor global dos produtos de grande consumo aumente menos de 1%. No entanto, os fabricantes e retalhistas que se adaptarem rapidamente às mudanças dos consumidores e alavancarem a inovação digital e de produtos encontrarão oportunidades de sucesso neste ambiente mais complexo.
Notas
Dados efectivos de P10 2022 a P9 2025. Dados previstos de P10 2025 a P13 2026.
China Urbana Nacional (Cidades Chave/A/B/C/D)
Método de previsão EWLS Multiple Liner Regression a nível de categoria individual com impacto de 4 casos semanais de Covid nos dados históricos (para P10 2022 a P1 2023)
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